27 de dezembro de 2010

"Resultado de uma experiência realizada há mais de uma semana" ou "Cada vez mais perto do Nirvana"

Prometi a mim mesma que iria conseguir passar uma semana inteira sem me queixar.
Prometi que iria divulgar o resultado desta experiência no final do 7º dia. Ups! Tinha que falhar alguma coisa, hoje já é segunda-feira e esta mensagem devia ter sido publicada no sábado passado.
Mas o que interessa mesmo é que superei o desafio.
O ínicio foi difícil. O meu irmão até disse que eu andava mais calada, mas decidi manter sigilo da minha missão, caso contrário o adolescente iria arranjar maneiras inimaginávies, quem sabe a roçar o macabro, para me irritar. Por isso: bichaninho.

Conclusões:
Queixava-me demais por coisas que não valiam uma gota da minha saliva.
Se algo me aborrecia começava logo a disparatar, era quase o como um primeiro impulso e foi isso que me dificultou os primeiros dias de uma semana sem queixume.
Quase caí nesta asneira 2 ou 3 vezes, mas controlei-me (que linda).

Respira fundo, não digas nada, sorri, eu sei que custa mas, vá lá, um esforçozinho.

Na verdade, uma hora depois tentava recordar porque é que ia começar reclamar e estupidamente não me lembrei, e ainda hoje não sei qual a causa para as minhas irritações momentâneas.
E agora, em vez de me centrar naquilo que me irrita, começo a perceber a beleza das pequenas coisas do dia-a-dia (demasiado budista? sim, definitavamente, mas não me ocorre uma expressão melhor, por isso auf wiedersehen)

18 de dezembro de 2010



Proponho um desafio: uma semana sem me queixar.
É possível? Sim. É difícil? Também.
A ver vamos, falamos daqui a uma semana.

Alguém me faz companhia?

14 de dezembro de 2010

P.S. para 2010

Caro 2010,

Foi bom conhecer-te.
Os teus 365 dias não se passaram como duas semanas e as tuas semanas nunca foram iguais. Algumas foram rápidas e cansativas, mas houve sempre algum acontecimento inesperado que quebrou a rotina. O meu primeiro sushi, o dia em que a minha gata me presenteou com uma cobra no quintal, quando aprendi sapateado, a noite em que o meu irmão, o meu pai e o eu vimos um alien ou quando me apercebi que me tinham metido um valente par de cornos.
E passáste devagar.
Sinto-me como uma criança, empoleirada no banco da frente, que não pára de perguntar ao pai ao volante, "Já chegamos?", "Falta muito?".
Não, já estamos quase lá. Falta pouco para 2011.
Quero e não quero.
Não tenho vergonha de dizer que gostei mesmo de ti e que tenho pena de me despedir.
Tenho a certeza que no início do próximo ano vou continuar a escrever 2010 no sítio do 2011. Isso também aconteceu com os outros, mas foi por engano. Agora será por teimosia porque não quero mesmo deixár-te ir.
Assim me despeço de ti, aproveitando os últimos dias (já te disse que estou mesmo com vontade que chegue o dia de Natal?), com muitos beijinhos (de uma das muitas com o nome),

inês


P.S.: Foste o melhor ano de todos os que já vivi.

Já não sou uma criança

e isso deixa-me contente e triste

(ser adulta é isto: estranho)


2 de dezembro de 2010