30 de março de 2010

Gato sem nome

Ou melhor: gata sem nome.
Apareceu lá em casa e não sabemos de onde vem.
Nós davámo-lhe petisco. O bichano gostava do petisco. O bichano ficou.
Agora está a inchar, mas não é do petisco. Quer-me parecer que a gata sem nome traz uns pãezinhos no forno. Até acho que já senti os seus corações pequeninos acelerados.
Problema 1: quem é o pai? É bom que ele não se acobarde que eu não vou sustentar os pequeninos com mais petisco.

Parece-me que vou ter de andar com um destes no bolso.

Problema 2: Onde é que a Gata Sem Nome vai criar as amostras de gato? Ela não é minha, ou é?


Gatos embrulhados em meias dentro de um tupperware


Baú de

pppppp
P P rrrrrr ssssss
Pppppp A L A V V r r A S
p a a L a a v v rrrrrr a a ssssss
p a aaa a L a aaa a v v r r a aaa a S
p a a LLLLL a a V r r a a ssssss



DDDDD EEEEEE
d D E
d D Eeeee
d D E
DDDDD EEEEEE


imitação, coragem, obrigação, rir, preguiça, novidade, treta, ordem, adeus, abafo, ninharia, expe-
riência, empastelar,melga, explosão, recordar, memória, decisão, órbita, sanidade, transição, or-
namentar, compromisso, asneira, espatifar, histerismo, asno, comichão, batucar, implicar, redondilha, reflorescer, sinergia, voracidade, infractor, calorífero, espalhar, mau-olhado, hipnotismo, destilar, calo, contracultura, sintonia, partitura, tuta-e-meia, balear, luta, cabeçada, empreiteiro, orangotango, sentinela, vulagaridade, enjaular, potencial, viscose, urticária, simetria

palavras à la carte

20 de março de 2010

Desta vez não há título

Agora que o stress por motivos escolares acabou, voltaram os pensamentos estranhos mas algo inteligentes:


"Existem duas coisas certas na vida: Se não fores tu a escolher a música para o teu funeral, alguém o fará por ti. A outra tem a ver com o futebol e não é para aqui chamada."


Desta forma, quando chegar a minha hora de ir para a cova gostaria de estar ouvir "Black Hole Sun". Por isso, caro leitor, estiveres presente no derradeiro dia e se o meu pedido não estiver a ser respeitado MANIFESTA-TE!

A minha viagem em segurança até ao outro mundo depende de ti.


Conselho :


mundo subterrâneo


Há três anos que não a via.
Tomavam o exemplo dos pais, que apesar de viverem e trabalharem em locais diferentes continuavam a não esquecer os amigos com quem brincaram quando eram crianças. 40 anos depois ainda se viam, falavam e riam sem qualquer desconforto.
Prometeram a si próprias que elas também seriam assim mas não foram.
Voltaram a ver-se no metro. Inesperado, estranho e no mínimo desconfortável.
O cabelo estava diferente, mais longo. Já usava um risco preto carregado à volta dos olhos e muitos anéis nos dedos.
Também ela olhou para a antiga amiga e notou nos pormaiores.
"Então, o que tens feito? O que vais fazer?" perguntas normais quando se revisita um amigo mas tudo continuava a ser esquisito.
Com tantas carruagens de metro logo tinha de ter entrado naquela.
Um calor carregado de culpa enchia o corpo. Só esperava não começar a transbordá-lo em forma de suor. Não cumpriram o que tinham prometido uma à outra, já não eram amigas. Desceram à qualidade de conhecidas.
A viagem teriminou, finalmente.
O suor de culpa evaporou-se. Um calafrio tomou o seu lugar, entrando pela coluna e o correndo para o pescoço. Seria possível? Tornarem-se amigas outra vez.


Será que noutra estaria também um outro amigo esquecido no caixote dos amigos de infância?



7 de março de 2010

Problemática do caderno preto




Em Setembro a minha mãe comprou-me uma agenda para marcar os testes e organizar a vidinha. Agradeci-lhe gesto "Minha rica mãezinha!". Só tinha um pequeno senão, como era uma agenda para 2010 não me adiantou de muito para marcar os eventos dos 4 últimos meses de 2009.
2010 bateu à porta e eu deixei-o entrar. Finalmente posso escrever no caderninho preto de bolso.
Abri-o. Branco. O que pode acontecer neste ano? 23 de Outubro ainda está tão longe! O que
acontecerá nesse dia? E amanhã?
Coisas boas, coisas menos boas. Coisas planeadas e outras de improviso.
A agenda não podia ser só para marcar os compromissos. O caderno preto ficaria demasiado branco e a entrada na nova década simplesmente não podia ser assim.
Psst! Aqui para nós, que ninguém nos ouve, vou te contar o que fiz, faço e farei com a minha agenda.
Todos os dias anoto o momento do dia que mais me marcou. Às vezes são momentos felizes, outras vezes são momentos estranhos. O que importa é que tenham sido importantes. Fora da rotina e de preferência felizes.
Ainda só estamos na décima semana do ano mas começo a achar que este está a ser um dos melhores anos que já vivi. Até parece que o tempo passa mais devagar.

2 de março de 2010

Cérebro: como me enganas


Estão a rodar? Como?!
As ilusões de óptica sempre me despotaram a curiosidade. Como é que o meu cérebro se deixa enganar por uma imagem?
Uma imagem vale mais do que mil palavras. Pois sim, mas também vale uma boa dose de enganos.
Na verdade, as linhas têm o mesmo comprimento. Aquela imagem é um pato e um coelho simultaneamente. É óbvio que aquelas duas flores, apesar de terem pétalas de tamanhos diferentes, o tamanho do seu centro é o mesmo. Aqueles círculos não piscam.
Se sei isto tudo porque é que o meu cérebro se continua a deixar enganar-se por estas imagens?
Ainda gostava de saber quem inventou isto...