29 de julho de 2010

V is for Vanity


Gosto de mudar o meu blogue. Passo horas a prepárá-lo, a experimentar cores, fundos, tipos de letra, imagens, o cabeçalho, o rodapé. Tudo.
Gosto de ver um blogue que nunca vi e depressa dizer para mim própria "O meu é mais giro."
Será que isto faz de mim fútil? Fútil. Que palavra tão feia, tão grave. Parece o nome de uma doença. "Olhe, você sofre de futilidades. Vou receitar-lhe aqui este xarope bem amargo que é para não voltar a repetir a graça."
Quando vou espreitar os blogues que gosto de ler percebo que muitos deles têm uma coisa em comum: preto no branco. Fundo branco, letras pretas.
O que interessa são as palavras, ponto final, próximo post.
Alguns textos parecem verdadeiros poemas com versos mais longos do que aqueles estamos habituados a ver ao acaso e usam metáforas que eu própria não entendo.
A culpa deve ser dos meus ohos. Grandes como duas chávenas para chá de maçã e canela. Não se contentam com pouco e por isso precisam de mais, sempre mais, até ao dia em que se fartam e pensam "Não podemos olhar para isto nem mais uma vez. Muda."
E lá começa tudo outra vez: passar horas a preparar a menina microgaitas, a experimentar cores, fundos, tipos de letra, imagens, o cabeçalho, o rodapé. Tudo.

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Punch Lines and Dead Lines