Pensava que tínhamos que casar com alguém que tivesse o último nome igual ao nosso.
Não percebia porque é que pessoas solteiras conseguiam ter filhos.
Nunca percebi porque é que Deus era o pai do céu.
Achava que os espanhóis eram portugueses que não sabiam falar muito bem.
Achava que o periquito da minha avó (o Grande Chico) um dia me atacaria a meio da minha sesta.
Decidi que quando crescesse ia ser freira porque não era preciso fazer nada.
Sentia-me feliz por ter nascido menina pois assim nunca teria que usar guarda-chuvas pretos nem fatos cinzentos.
Tinha medo daquelas bonecas que conseguiam andar sozinhas enquanto chamavam pela mãe.
